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Formula 1. Esporte ou Jogo?


Sou um amante do esporte, gosto de futebol como a maioria das pessoas, de voleibol, Tênis e Xadrez. Tive muita sorte, sou de uma geração que viu atletas fantásticos como Maradona e Zico no futebol, Michael Jordan, Oscar e Hortência no basquete, Mike Tyson no Boxe, Gustavo Kuerten no tênis e no automobilismo, o inesquecível Ayrton Senna. Nossa, quanta saudade, de acordar cedo, em pleno final de semana, para ver aquele profissional, não apenas pelas vitorias, mas também pelo caráter. Sempre passava para nós a impressão de que não se vendia uma vitória, se alguém quisesse, teria que conquistá-la. Nesse período, morava com meus avôs e particularmente meu avô, também um amante do esporte, sempre discutia comigo, dizendo “não gosto de formula 1”, pois isso para mim é um jogo não um esporte. Ele discursava defendendo sua tese, e eu também defendendo a minha, de que era um esporte. Porem passaram-se os anos, meu avô, assim como Airton Senna, faleceu, e agora entendi o que ele queria dizer. É, realmente a formula 1, não é um esporte, e sim um jogo. É sim, um jogo, do tipo dominó ou até mesmo um baralho, aonde quando jogamos em dupla, e não temos mais chance de ganhar, ficamos fazendo gestos para nosso parceiro, tentando dar a carta, ou a peça de que ele precisa, para vencer o jogo. Embora saibamos que isso existe em vários esportes, na formula 1 esta mais explicita, aonde o que vale é o time não o piloto. Muitos talvez questionem, a sim, isso só acontece na Ferrari, nas outras equipes não. Talvez, porem, a entidade máxima, não impede essas ações, o que é um atestado de legitimidade. Com isso, ficamos após a morte do Airton Senna, assistindo o Rubens Barrichello, ser numero 2, praticamente toda sua carreira e agora o Felipe Massa.
Entretanto, essa falta de ética vem acontecendo sistematicamente com pilotos brasileiros. Por que nossos pilotos estão sendo tão submissos? Será que vale a pena ganhar muito dinheiro e encerrar a carreira sem brilho. 
O pior, é que em se tratando de time na formula 1, nós não temos nenhum, ou seja, muitos torcem, para ver no final do ano, uma equipe italiana, campeã mundial.

Marcos Liranco


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